segunda-feira, 8 de março de 2010

Vivência Celebrativa com Zé Vicente

Ocorreu no último sábado, 27 de fevereiro, na Comunidade São João Batista, bairro Arroio da Manteiga, em São Leopoldo um encontro com o compositor e cantor popular Zé Vicente sobre o tema de Vivência Celebrativa. O encontro iniciado às 12h com um almoço oferecido pela Comunidade foi promovido pela TRILHA CIDADÃ e CEPA. Estiveram presentes lideranças das comunidades eclesiais locais, religiosas paulinas, assessores do CEBI - RS e lideranças das Pastorais da Juventude.
Tendo a abertura feita pelo grupo de teatro da Trilha Cidadã sobre os quatro elementos (vento, água, terra e água), Zé Vicente iniciou a tarde com a provocação de que os presentes expusessem indicações sobre quais temas a plenária gostaria que ele trabalhasse. Dentre elas, podemos destacar as seguintes:

*o que as CEB’s ainda tem que fazer para se manter viva como uma força de resistência ao imediatismo pós-moderno?
*como é possível enfrentar o ideário capitalista a partir de uma anunciação artística da Palavra de Deus?
*como é possível fala de Deus neste mundo capitalista?
*como é possível iniciar um trabalho contra a criminalização das pessoas soropositivas dentro e fora de Igreja a partir da arte?
*como é possível cultivar a mística libertadora no nosso dia-a-dia?
*como podemos “agitar” as CEB’s?

Zé Vicente se propôs ir aos poucos respondendo às questões na medida em que foi apresentando a realidade de como acrescentar a questão artística na vivência da fé. Ele ressaltou a importância da juventude nas comunidades cristãs: “ Quando uma liderança está descartando a juventude é porque ela não está trabalhando algo dentro de si.”. As lideranças adultas devem aprender a se realizarem por completo quanto seres humanos para assim, poderem entender e compreender o jeito jovem de ser Igreja. Zé apontou a necessidade de ingatar a realidade das comunidades atuais com a histórias do passado, há que se fazer memória das resistência cultural dos ancestrais. Esta conexão pode servir para superar os desafios que os homens passam atualmente. Ao dividir a plenária por meio de interesse aos elementos apresentados no teatro de abertura pode-se praticar a sua frase: “Antes de tudo, somos artistas. Temos que incentivar a arte”.
A arte deve estar presente na vida de nossas comunidades cristãs dentro das três “portas“: a memória, o presente e o futuro. Acerca da porta da memória, Zé elencou dois eixos da memória: o eixo da memória histórica do povo e o eixo da memória bíblica. O primeiro diz respeito às nossas tradições brasileiras, a nossa ancestralidade genética, já o segundo versa sobre a memória que nós assumimos quando optamos assumir a história das Igrejas Cristãs. Entendendo e aceitando estes dois eixos da nossa historia é possível perceber que “sem memória não se faz história” e a tendo em mãos conseguimos passar pela “porta do presente” para sonhar, que é a “porta do futuro”.
Durante todo o encontro, ele sempre trouxe presente a questão das artes, de como é urgente e importante que possamos viver e fazer uso delas para a evangelização.
Ao término da oficina, os presentes participaram de uma celebração da Palavra presidida pelo próprio Zé Vicente na comunidade contando com o grupo de teatro local.
Toda a tarde foi repleta de simbolismo e um profetismo encarnado nas frases que Zé dizia, dentre tantas transcrevo algumas:

“Não podemos perder nossa mítica cristã, mas temos que aprender a fazer uma política eclesial.”
“O sonho, a utopia, o amor, é sempre atual!”
‘”Qualquer problema que afeta um homem afeta toda a humanidade.”
“Tudo é vida!”

Para ver mais fotos, acesse o perfil da PJdoRS no ORKUT: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=7692041912253206353

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